terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sem gás, Lula vai a La Paz, para dizer amém a Evo


Primeiro, Evo Morales nacionalizou as reservas bolivianas de hidrocarnetos. Depois, mandou o Exército ocupar instalações da Petrobras. Em seguida, empuxou um reajuste dos preços do gás fornecido ao Brasil. De resto, atazanou o governo compañero de Lula até forçá-lo a “vender” as plantas industriais da estatal brasileira a preço de banana. Como se fosse pouco, levou a Petrobras à Justiça, acusando-a de fraude e contrabando.



Submetida ao impensável, a Petrobras recorreu ao inevitável: cancelou todos os investimentos que planejara realizar na Bolívia. E acenou com uma mudança de estratégia. Daria impulso à produção nacional. O consumidor pode ficar tranqüilo, disse a autoridade ‘A’. Não vai faltar gás, ecoou o ministro ‘B’. Não haverá aumento de preço, aditou o assessor ‘C’.



Súbito, o país descobre-se sem gás. Do dia pra noite, a Petrobras impõe um racionamento esdrúxulo às praças de São Paulo e Rio, momentaneamente suspenso por força de liminar judicial. Um desastre anunciado, eis a evidência que saltaria do conteúdo de correspondências trocadas entre a Petrobrás e o Ministério das Minas e Energia, no primeiro semestre.



Consolidado o bololô, Lula ordena à Petrobras que volte a enterrar dinheiro no solo minado da Bolívia. Nesta terça-feira (6), Sérgio Gabrielli, presidente da estatal, desembarca em La Paz. Vai acertar os detalhes da rendição. Em telefonema ao compañero-índio, o próprio Lula comprometeu-se a visitar a Bolívia em 12 de dezembro.



Deve-se a FHC o envio à Bolívia das primeiras perfuratrizes da Petrobras. Foi nessa época que o governo brasileiro retirou o gênio boliviano da garrafa. Como a devolução de gênios à garrafa é coisa que não se vê nem em conta de fadas, o Brasil vê-se compelido a lidar com o imponderável. E o faz à sua maneira: em vez de ter os desejos atendidos, faz as vontades do vizinho.



Não há risco de desabastecimento de gás, Lula se apressa, de novo, em avisar. No ano passado, dezenas de industriais e milhares de taxistas deram crédito a lorotas do gênero. Trocaram o diesel e a gasolina pelo gás. Hoje, não se animariam a comprar um carro usado de Lula ou de qualquer outra autoridade governamental.

Fonte:http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html

Um comentário:

Ana. disse...

Cara, muiiito legal seu blog!
:D
Parabensss!


:DD

Beijos!